Haiti na TV

Tem quem condene os brasileiros por ajudar um país que não seja o nosso e também há quem comemore a bondade no coração da raça humana, independente disso tudo, vivenciamos uma experiência incrível na comunicação mundial.

Como foi noticiado em telejornais e no NaTelinha o ator George Clooney tomou partido e juntamente com grandes artistas americanos, mobilizou uma nação em prol de uma causa nobre. Ninguém se preocupou de que emissora era o cast de artistas e cantores optaram em apenas usar sua voz com um violão, acompanhados de um coral. Foi simples, bonito e eficaz.

A qualidade de certos programas gringos não merece ser discutida nessa altura do campeonato, mas o fato é que o Brasil levou um tapa ao ter seus principais canais a cabo, incluindo o Cartoon Network, retransmitindo ao vivo a programação que acontecia em Nova Iorque e Los Angeles pelo sinal da MTV americana.

Numa terra onde existe Criança Esperança, Ressoar, Teleton e outros programas regionais que não possuem um apelo tão significativo, poderíamos tentar aprender com os americanos que na hora de fazer o bem, não importa a emissora. O Teleton brasileiro, até tenta pegar artistas de outras emissoras e raramente consegue atingir 100% do seu objetivo, uma pena.

Talvez fosse a hora das grandes emissoras brasileiras juntarem forças com suas afiliadas e concorrentes para fazer um só evento ajudando o país. Um grande evento, independente de canal, anunciantes e, principalmente, rico em boa vontade. Imagine um “Hope for Haiti Now” feito no Brasil. Temos condições de realizar algo muito bom, bem diferente do ato de implorar doações com um cronômetro financeiro na tela.

Taí um bom momento de repensar nossa maneira de fazer o bem pela TV.

Até a próxima,
Marcelo Prata